terça-feira, 15 de julho de 2008

"A epífane do banho".

















Que coisa estranha, do nada me via envolvida naquela energia.
Situação nunca antes vivida... me deixei levar e aquele moço eu vi me olhar.
À vontade eu me sentia, e o tempo todo eu sorria.
A nudez tomava conta e o calor aumentava.
A respiração ofegante me deixava ainda mais molhada!
Pensar só fazia aumentar a vontade.
Vontade de estar... fazer acontecer.
E do sério me tirava, controle eu já não tinha.
E já não precisava...
A malicia já havia se instalado e disso a gente gostava.
Deixávamos-nos levar e entre contos e papos
Rolou o abraço.
E do abraço... saiu o beijo.
O gosto me deixou mais curiosa e nisso eu pensava o dia inteiro .
Entre telepatias inexplicáveis rolou o encontro.
Mas do que nunca me senti num conto.
Dele usufruímos tudo o que deu.
“O banho” aconteceu... E mais uma vez me surpreendeu.
Como contos são contos, precisei acordar...
E numa manhã de domingo

depois de degustar pingo por pingo
dei um beijo e au revoir.

O banho.




Cada passo no chão frio
procurava um canto morno
corpo em brasa, ela sorria
e se despia frente ao forno.

Transpirava um vapor doce
antes fosse só miragem
e a viagem prosseguisse
mas depois que se despisse
não respondo por meus atos.

Mas o fato não havia de ser nada
apenas uma pele molhada
não tinha mistério
uma simples chuva de espuma
deslizando feito pluma
não me tiraria do sério.

Não estava convencido decerto
o aroma me trazia o gosto
e o vapor me levava pra perto
sentindo uma brisa gostosa
como numa manhã de domingo
e ali fiquei deslumbrado
degustando pingo por pingo.


(Autor bem conhecido.)

domingo, 13 de julho de 2008

Ainda Ianda .


O pedaço de mim, a metade afastada de mim...
Não há dor pior no mundo que a dor de uma mãe ao ver um filho partir...
Um filho que “começava a existir”.
O pedaço de mim, a metade exilada de mim...
Ver-se afastada para sempre de um ser amado, de um ser esperado, deixa com certeza qualquer ser humano desesperado.
O pedaço de mim, a metade arrancada de mim...
Roubaram o direito da despedida... De mim foi “arrancada” a minha menina.
O pedaço de mim, a metade adorada de mim...
A saudade é o pior castigo, mas só quero levar comigo o amor... o amor que nunca morreu.
E nunca o peso de um adeus.
(Baseado numa música de Chico Buarque)